Período Colonial: 1600-1699
Institucionalização Produção científica
1615 (?) Claude D'Abbeville escreve sua Histoire de la Mission des Péres Capucins en l'Isle de Maragnan et Terres Circonvoisines, que somente em 1864 é publicada em forma de livro em Paris.
1615 Yves d'Evreux publica sua Suitte de 1'Histoire des Choses Memorables Advenues en Maragnan les Années 1613 et 1614. Evreux foi acompanhante de Claude d'Abbeville, na sua viagem ao Maranhão.
1618 Escritos por autor desconhecido, os Diálogos das Grandezas do Brasil dão uma idéia das condições sociais e econômicas do Nordeste; publicados pela primeira vez em forma de livro em 1930; atribuídos por Capistrano de Abreu e Rodolfo Garcia a Ambrósio Fernandes Brandão.
1627 Frei Vicente do Salvador escreve sua História do Brasil, publicada em 1887 pela Imprensa Nacional, por iniciativa de Capistrano de Abreu, com diversos capítulos tratando da vegetação do país. Teria sido a primeira história do Brasil.
1633 Joannes de Laet, membro do grupo de cientistas e artistas trazidos ao Brasil por Maurício de Nassau, publica Novus Orbis, baseado nas informações e exemplares de animais levados para a Europa pelos holandeses.
1639 George Marcgrave instala numa das torres do Palácio Friburgo de Maurício de Nassau,. na ilha de Antônio Vaz, o primeiro observatório astronômico do hemisfério austral.
1641 Publicado em Madrid o Novo Descobrimento do Rio das Amazonas, do padre Cristobal de Acufia, de caráter geográfico, incumbido para tal por Cláusula da Provisão Real da Audiência de Quito em nome de sua Majestade, tendo para isto acompanhado a Pedro Teixeira na volta de sua viagem a Quito (1637-1639) pelo rio Amazonas.
1647 Gaspar Barleus publica em Amsterdã, pela Joannis Blaeu, os doze volumes intitulados História dos Feitos Recentemente Praticados Durante Oito Anos no Brasil e Noutras Partes sob o Governo do Ilustríssimo João Maurício, Conde de Nassau (...), oito dos quais constituem o legado científico de George Marcgrave.
1648 Publicação de Historia Naturalis Brasiliae, escrita por George Marcgrave e Wilhelm Pies, médicos da missão holandesa trazida por Maurício de Nassau.
1658 No seu De Indiae Utriusque Re Naturali et Medica, publicado pela Eizeviers de Amsterdam, Wilhelm Pies (Piso) inclui, de Marcgrave, a obra Tractatus Topographicus et Meteorologicus Brasiliae com Eclipsis Solaris.
1672 No seu Tiphys Lusitano ou Regimento Náutico Novo o Qual Ensina a Tomar as Alturas, Descobrir os Meridianos e Demarcar a Qualquer Hora do Dia e da Noite. Com um Discurso Pratico sobre a Navegação de Leste a Oeste, Valentim Estancel apresenta ao príncipe de Portugal um novo tipo de astrolábio, de interesse astronômico e náutico.
1683 Valentim Estancel (1621-1705), padre jesuíta que veio ao Brasil em 1663 e aqui faleceu, publica em Praga seu Legatus Uranicus ex Orbe Novo in Veterem (...), comentado nas Acta Eruditorum de Leipzig de 1683. Outros trabalhos lhe mereceram comentários no Journal des Savants de Paris de 1685, tomo III, e uma referência de Newton nos Principia Mathematica.
1684 -A pedido do rei de Portugal e do padre Antônio Vieira, o jesuíta Aloísio Conrado Pfeil elabora o mapa Grande Rio Amazonas. Participou também de uma série de explorações para determinar os limites das terras de Portugal com os das de Espanha e de França, no Norte do país, depois usados pelo barão do Rio Branco para a defesa dos direitos sobre o Amapá.
1685 Valentim Estancel publica sua Uranophilus Coelestis Peregrinus (...) (Gandavi, 1685).
1691 O jesuíta Samuel Fritz, após percorrer o Amazonas em toda sua extensão, elabora o Mappa Geográfico del Rio Marañon (Amazonas), baseado também nos mapas do jesuíta Aloísio Pfeil; teve grande importância para a geografia do Norte do país.
1698-99 O astrônomo francês A. F. Couplet passa um período no Norte do Brasil, fazendo medidas astronômicas e geográficas ligadas às teorias gravitacionais.
1699 Criação da Escola de Artes e Edificações Militares na Bahia. 1699 O astrônomo inglês Halby passa por vários pontos do litoral brasileiro, determinando a declinação magnética, para testar uma teoria sua.