As Instituições e o Mal Estar da Sociedade

Brazil-protestA revista Interesse Nacional, em seu número de outubro – dezembro de 2014 , publicou  artigo meu  sobre a questão da participação política, organizações sociais e sistemas representativos.  

O artigo conclui dizendo que “não há dúvida de que o sistema representativo brasileiro precisa ser profundamente alterado, em aspectos como o sistema eleitoral, o sistema partidário e o financiamento de campanhas. Não há dúvidas também de que as democracias modernas devem incluir formas adequadas de participação da sociedade, por mecanismos múltiplos que vão das consultas aos referendos, passando por diversas formas de vinculação entre a administração pública em seus diversos níveis e a sociedade civil em seus diferentes formatos, mantendo os espaços abertos para manifestações e mobilizações em torno de temas que não estejam sendo atendidos devidamente pelas políticas vigentes. Dito isto, é importante ter em mente que não é possível satisfazer ao mesmo tempo todas as demandas e todos os grupos da sociedade – salários altos, financiamentos baratos para carros e casas, educação de qualidade e gratuita, atendimento médico de alta qualidade e gratuito para todos, transportes públicos gratuitos, proteção ao meio ambiente, excelentes aposentadorias e pensões – tudo conforme o padrão Fifa. Além das limitações de recursos, muitas destas demandas são contraditórias e necessitam ser arbitradas. Cabe às lideranças políticas e aos governos mostrar que estão empenhados em fazer o melhor dentro dos limites possíveis e, para isto, necessitam da legitimidade que só um sistema representativo bem constituído e fundado em um ordenamento legal respeitado podem proporcionar.”

O texto completo está disponível aqui.

Author: Simon Schwartzman

Simon Schwartzman é sociólogo, falso mineiro e brasileiro. Vive no Rio de Janeiro

One thought on “As Instituições e o Mal Estar da Sociedade”

  1. Boa Noite.

    É fora de dúvida que as instituições como estão postas passam por crise.

    O STF , é bom exemplo . Literalmente enterrado em processos. Ou seja semi imobilizado. Como liberá-lo ? Não tenho a certeza dos simplórios mas penso que talvez se possa fazer algo revendo o Ordenamento Jurídico em uso.

    Tal ordenamento também impõe coisas que me soam esquisitas . Como o Poder de Império e o Poder Discricionário , ambos detidos pelo Estado.

    Ouvir a sociedade ? Via suas “organizações” ? Muito que bem. Se nestas “audições” também tiverem lugar outras organizações como as demonizadas patronais. E porquê não aquelas que representariam as atividades como logística, telefonia, museologia, e por aí vai. Ou vamos continuar como avestruzes a fazer de conta que não existem ?

    Vamos também a fazer de conta que não é possível , com o ferramental de software à mão , ouvir o eleitor , ou o munícipe . Negar a existência de plebiscitos e referendos virtuais seria o mesmo que negar a existência de rolamentos nas máquinas que usamos lá se vão uns quantos séculos. Ou vamos continuar a “rolar” usando barriga de porco como lubrificante no eixo de carro de boi ?

    Oras ! Se não ouviram o berreiro na rua em junho do ano passado, vão ouvir o que? A esta altura , pouco importa o como.

    Na quinta feira da semana passada, voltando para meu apartamento em Copacabana, encontrei um projétil 9mm na calçada. Definitivamente não me ouviram gritar , gritar , por segurança.

    A esposa de um querido amigo está internada em um CTI que dispoem de uma enfermeira e de nenhum médico a não ser em “visitas” curtas. Eu e e meu amigo gritamos por saúde.

    O filho de meu jardineiro em Petrópolis não tem acesso a creche. Eu gritei por esta criança.

    Cordialmente , AJS Campello

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