Bernardo Sorj: Rosh Hashaná / Yom Kippur 5786/2025

Tempo de matar, e tempo de curar. Tempo de derrubar, e tempo de construir. Tempo de chorar, e tempo de rir. Tempo de gemer, e tempo de dançar. Tempo de atirar pedras, e tempo de recolher. Tempo de abraçar, e tempo de se separar. Tempo de buscar, e tempo de perder. Tempo de guardar, e tempo de jogar fora. Tempo de rasgar, e tempo de costurar. Tempo de  calar, e tempo de falar. Tempo de amar, e tempo de odiar. Tempo de guerra, e tempo de paz. (Eclesiastes 3)

Por que este Rosh Hashaná  e Yom Kippur são diferentes de anos anteriores?

Porque nos outros anos olhamos para os erros do passado.

E neste ano devemos ter a coragem de enfrentar os erros que seguiremos cometendo   se não distinguimos entre autodefesa e violência destrutiva.

Porque quando o antissemitismo nos desumaniza, ele triunfa.

Nos levando a desprezar o que a história nos ensinou:

Que a existência do judaísmo se sustenta na sabedoria de que toda vida é sagrada e o poder sustentado na  força é transitório.  

Que o fanatismo promove o medo, o ódio e o desejo de vingança, e  vitórias podem produzir  arrogância e cegueira,   a serviço de grupos extremistas que nos levam ao abismo do autoritarismo e da xenofobia.

Transformando a força em objeto de culto e instrumento de subjugação.

Abdicando de nossos valores e  responsabilidade pelo futuro. 

Por que não permitiremos que o judaísmo humanista seja destruído pela intolerância, delírios de grandeza e pela glorificação da violência, apoiamos aqueles que, defendendo o Estado de Israel, continuam olhando para um horizonte de paz e de convivência com o povo palestino, e agradecemos

Shehechyanu, ve´quimanau ve’higuianu lazman haze.

por viver, por existir, e por termos chegado a este momento.

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