Pensamiento Educativo

Acaba de sair mais um número da revista Pensamiento Educativo. Revista de Investigación Educacional Latinoamericano (PEL),  editada pelo Departamento de Educação da Pontifícia Universidade Católica do Chile., agora em versão eletrônica cujos textos em inglês estão disponíveis aqui. O objetivo da revista é disseminar resultados de pesquisas de qualidade sobre a problemática educacional do Chile e da América Latina

Sumário (vol. 48,1)

Liderazgo directivo y resultados de los estudiantes: evidencia a partir de la Asignación de Desempeño Colectivo. Un análisis del período 2005-2008 [Principals and Student Achievement: Evidence from the Chilean Collective Performance Incentive Program. Analysis of the 2005 through 2008 Cohorts] María Paola Sevilla Buitrón.

2. Academic Drift in Brazilian Education [La tendencia academicista en la educación brasilera] Simon Schwartzman (versão em PDF aqui)

3. La formación inicial de docentes de Educación General Básica en Chile. ¿Qué se espera que aprendan los futuros profesores en el área de Lenguaje y Comunicación? [Initial training for Primary School Teachers. What do we expect future teachers to learn about Language and Communication? ] Carmen Sotomayor, Giovani Parodi, Carmen Coloma, Romualdo Ibáñez y Paula Cavada.

4. Construcción y validación de una prueba de evaluación de competencia lectora inicial basada en computador [Development and Validation of a Computer-based Assessment of Early Literacy Competencies] Ricardo Rosas, Lorena Medina, Alejandra Meneses, Alejandra Guajardo, Stephanie Cuchacovich y Pablo Escobar.

5. Competencias y formación para un liderazgo escolar efectivo en Chile [Competences and Training for Effective School Leadership in Chile] Gonzalo Muñoz Stuardo y Javiera Marfán Sánchez.

Brésil(s). Sciences humaines et sociales

Comparto com todos a publicação de Brésil(s). Sciences humaines et sociales,  a única revista francesa e em francês sobre o Brasil. Editada pelo Centre de Recherches sur le Brésil Contemporain (CRBC-EHESS), ela é publicada pelas Éditions de la Maison des Sciences de l’Homme e toma o lugar dos Cahiers du Brésil Contemporain.

O sumário do primeiro número é:

Ouverture
Peter Fry, “Race”, savonnettes et crèmes de beauté
Walnice Nogueira Galvão, Sauvetages d’archives : le cas Edgard Leuenroth
Carlos Fico, Les régimes autoritaires au Brésil durant l’ère républicaine

Cahiers du Brésil Contemporain
Michel Agier, Le sexe de la pauvreté : hommes, femmes et familles dans une “avenida” à Salvador de Bahia
Christine Douxami, Abdias Nascimento et Solano Trindade : deux conceptions pionnières du théâtre noir brésilien
Rogério Dezem, Nuances de “jaune” : éléments formateurs de l’imaginaire brésilien sur les Japonais

Hommages
Ignacy Sachs, Ressources, emploi et financement du développement : produire sans détruire. Le cas du Brésil
Marion Aubrée, L’œuvre en français de M. I. Pereira de Queiroz
Anita Clémens Saboia, Du poète au romancier : Blaise Cendrars et le Brésil

Informações e assinaturas: Dominique Duchanel, tél.(33) (1) 49 54 22 19 e-mail : bresils-revue@ehess.fr

Qual deve ser a política federal para o ensino superior?

A pedido da Folha de São Paulo, escrevi uma nota sobre a expansão recente das universidades federais, como pode ser visto abaixo (clique na imagem para ampliar)

Eu certamente não defendi que o docente não seja concursado, mas que não seja funcionário público, que é muito diferente. O que provocou o pedido da Folha foi o levantamento felito pelo jornal de que , “de janeiro a agosto, 4.204 professores e outros 6.669 funcionários ingressaram nos quadros das instituições de ensino superior mantidas pela União.  As universidades já puxavam o crescimento do funcionalismo no governo passado, mas as proporções nunca foram tão altas como agora. Até o lançamento do programa de expansão do ensino superior, batizado de Reuni, professores e técnicos respondiam por um quarto das contratações do Executivo em 2007. No ano passado, pela metade. O programa se tornou uma das principais bandeiras da propaganda política petista. Lula se gabava de ter sido o presidente que mais criou universidades na história, embora, das 14 mencionadas, nove sejam resultado de mera fusão, desmembramento ou ampliação de instituições preexistentes”.

A questão de fundo é discutir qual deveria ser a política federal para o ensino superior, e como melhor usar os recursos públicos para isto.  Os dados recentes da OECD indicam que o Brasil gasta 11 mil dólares por ano por estudante de nível superior, próximo da Suécia, 13 mil, e mais do que Portugal 7 mil. Este custo tão alto explica porque o setor público não tem conseguido crescer nem responder de forma adequada à demanda crescente por ensino superior da sociedade, que tem sido atendida, bem ou mal, pelo setor privado.  O que faz nosso sistema tão caro é que todas as instituições públicas estão organizadas em um formato único, o da “universidade da pesquisa”,  que supõe que os professores tenham contratos integrais e de dedicação exclusiva, ainda que de fato a pesquisa esteja concentrada em umas poucas instituições. Isto não ocorre em outros países. Na Suécia, por exemplo, o governo gasta 20 mil dólares por estudante nas universidades de excelência e com pesquisa de alto nível, e 6 a 7  mil em instituições de ensino superior de tipo tecnológico ou “pos-secundárias”, trazendo assim a média geral para 13 mil.  Se a opção brasileira é usar os recursos públicos para massificar a educacão superior pública, deveria haver um formato muito mais barato, com ênfase no ensino e programas mais curtos adaptados às características da maioria dos nossos estudantes – em grande parte provenientes de escolas públicas de má qualidade, que precisam trabalhar e estudar à noite.  Se a opção é desenvolver o ensino superior de alto nível  e de qualidade, então os custos por aluno deveriam aumentar , assim como as exigências de desempenho acadêmico e científico por parte destas instituições. Se a opção é fazer as duas coisas, então seria necessário fazer como a Suécia e a maioria de outros países, e criar um sistema público altamente diferenciado. Em qualquer dos casos, o ensino superior público no Brasil continuará sendo caro, não dispensando a colaboração do setor privado e, cedo ou tarde, tendo que enfrentar a questão da cobrança de anuidades para os estudantes que podem pagar.

Ruben Klein: Os equívocos das extrapolações indevidas

Recebi vários comentários sobre a nota que publiquei a respeito da informação misteriosa divulgada pelo O Estado de São Paulo, atribuida a Ricardo Paes e Barros, de que “dez dias a mais de aula por ano, seja pelo aumento do ano letivo, seja pelo efetivo cumprimento do calendário previsto – sem, portanto, o cancelamento de aulas por causa da falta de professores -, conseguem aumentar o aprendizado dos estudantes em 44%”, e que baseado nisto o Ministro da Educação iria propor um aumento do número obrigatório de dias letivos por ano nas escolas do país. Na minha nota, disponível aqui, eu observava que, se isto fosse verdade, a educação brasileira teria seus problemas resolvidos em poucos anos, sem precisar de melhorar a capacitação dos professores, equipar melhor as escolas, organizar e corrigir os currículos, etc – um verdadeiro milagre!  De onde teria vindo este dado? O que o autor ao qual ele é atribuido tem a dizer a respeito?

O autor permanece em silêncio, mas os dados provêm de uma “meta-análise” feita há tempos para a Fundação Ayrton Senna, que procura consolidar os resultados de um grande número de pesquisas sobre educação feitas no Brasil e no exterior.

Ruben Klein, um dos principais pesquisadores brasileiros na área de educação, enviou o seguinte comentário sobre esta estimativa:

“Entrei no site do Instituto Ayrton Senna e olhei os comentários sobre calendário escolar e não achei essa afirmativa dos 44%. Realmente, é preciso cobrar de onde veio isso.

Mas no site, sobre calendário escolar, vem destacado: “Impacto esperado: Aumentar em 29% o aprendizado anual”, tipo os 44%.

Resultados de estudos de fora ou daqui, cheios de contextos explícitos e não explícitos, dependentes do modelo de análise utilizado, não podem ser transpostos para outros lugares e situações e transformados em percentuais de desvios padrão de outras avaliações, etc. Para mim, essas extrapolações não tem base científica.

Um erro metodológico comum que se vê a toda hora é falar em aumento percentual de desempenho, como os 44% de aumento. Não dá. O percentual depende da escala considerada e dos valores arbitrados para a média.

Na escala de 0 a 100, um aumento de 44% para um aluno com nota 80 ou 100, ultrapassa o 100, obviamente um absurdo. Outros exemplos, um aumento de 20 para 40 é 100% de aumento. Um aumento dos mesmos 20 pontos de 80 para 100 é um aumento de 25%.

Outro exemplo, o SAEB tem uma escala única para as séries. Um aumento de 44% para a média dos alunos do 5º ano, em matemática, em 2009, cerca de 200, leva a média para 288, um aumento de 88 pontos, ultrapassando a atual média da 3ª série do EM. Para o EM, média em cerca de 275, um aumento de 44% dá um crescimento de 121 para 396. Observem que o aumento no EM é muito maior que o do 5º ano. Vejam o milagre como bem o Simon observou. Teríamos alcançado as metas do Todos pela Educação e as metas do IDEB.

Outro exemplo, na escala do PISA. o Brasil tem uma média em torno de 400. Um aumento de 44% leva a 576. Outro milagre. Passamos a Finlândia. Observem que 176 pontos equivalem a um aumento de 1,76 desvios padrão do PISA.

Os 29% dão números menores, mas não muda o quadro.

Outra afirmação que apareceu na imprensa foi sobre a redução do número de alunos na turma, que também dá um percentual extraordinário de ganho no desempenho. Essa afirmação é sobre um estudo no Tennessee, EUA. Transposto para a Califórnia, em escala global, foi um desastre.”

Esta história ilustra bem um problema muito comum que ocorre quando pesquisadores chegam a determinados números aparentemente simples, mas estimados de forma precária e duvidosa, e passam depois a querer adotá-los como base de políticas públicas de grande alcance.  O raciocínio parece ser que números permitem estabelecer metas e avaliar políticas, e isto seria mais importante do que a qualidade e validade do número em si. É por isto que muitos insistem em definir uma linha de pobreza oficial para o Brasil, ou obrigar todas as escolas a colocar os resultados do IDEB nas portas, ou publicar nos jornais as avaliações das escolas, cursos superiores e universidades baseadas nas médias do ENEM ou no “conceito preliminar de cursos” calculado pelo INEP.

Estes abusos no uso de números alimentam os argumentos de muitos que dizem que a educação é importante demais para ser reduzida a números, e acabam se opondo a qualquer tipo de avaliação e mensuração de resultados.  Eu certamente não penso assim, mas é importante que os números sejam utilizados como instrumentos de apoio para o entendimento da realidade, e não como seu substituto, um  feitiche que esconde e deforma, mais do que revela e nos ajuda a entender

O novo milagre da educação brasileira

Diz “O Estado de São Paulo” de 22 de setembro de 2011:

“Dez dias a mais de aula por ano, seja pelo aumento do ano letivo, seja pelo efetivo cumprimento do calendário previsto – sem, portanto, o cancelamento de aulas por causa da falta de professores -, conseguem aumentar o aprendizado dos estudantes em 44%, disse ontem o secretário de ações estratégicas da Presidência da República, Ricardo Paes de Barros. Ele elaborou um levantamento com base na análise de 165 estudos nacionais e internacionais sobre o tema.”  A notícia acrescenta que o Ministro da Educação, baseado neste estudo, vai enviar ainda este ano um projeto de lei ao Congresso aumentando o número de horas de aula nas escolas brasileiras.

A notícia causou perplexidade entre os especialistas, porque nunca antes na história das pesquisas educacionais, que se saiba, uma coisa tão simples mostrou ter um resultado tão espetacular. Se isto for assim, para que continuar falando em melhorar a formação de professores, estruturar os currículos, formar diretores de escola, e inclusive aumentar os salários dos professores?

Este milagre anunciado da educação brasileira se soma a outros menores, como a melhora desempenho dos estudantes em matemática no IDEB em 2009, as melhoras do PISA e, agora, a melhora no ENEM em relação ao ano passado (sobretudo na prova de redação, suponho, que é a que tem maior peso na nota, embora seja a mais difícil de padronizar para permitir comparações).

Neste ritmo, chegamos fácil à meta de alcançar e superar os países da OECD até 2022!

Ricardo Paes e Barros é um pesquisador competente e respeitável, e está devendo à comunidade de especialistas em educação maiores detalhes sobre este achado tão espetacular.

 

Dilemas da Expansão do Ensino Superior|Dilemmas of Expansion: Can the Brazilian government assure the quality of new institutions?

O governo federal anunciou recentemente, com forte publicidade,  uma nova expansão do sistema federal de ensino superior. Não há informações, no entanto, sobre os procedimentos que serão adotados para que esta expansão seja feita com qualidade e pertinência, e é improvável que o atual sistema de avaliação federal, o SINAES, consiga dar conta o recado. É este o teor do texto publicado no site “The World View of Higher Education”, que pode ser acessado aqui.

Segue a versão em português, cortesia de Aparecida Andrés:

A educação brasileira tem se expandido rapidamente nos últimos anos, devido principalmente à instituições privadas, que hoje respondem por 78% do total de matrículas. A maioria destas instituições têm fins lucrativos e baixo custo, e fornecem cursos à noite  em áreas “soft” (gestão, direito, contabilidade, educação). No últimos anos, o governo federal tem tentado aumentar o acesso a instituições públicas através de ação afirmativa para estudantes oriundos de escolas públicas e negros, através da criação de novas instituições federais e da expansão das existentes.

Recentemente o governo anunciou a criação de quatro novas universidades federais em alguns dos estados mais pobres do país (Bahia, Pará e Ceará), além de 47 novos campi em universidades já existentes, bem como um grande número de institutos federais de educação técnica em parceria com municípios. Em 2009, havia 3.700.000 estudantes em instituições privadas e 1.300 mil no setor público, dos quais 752.000 estavam matriculados em instituições federais. O projeto atual é adicionar 250 mil estudantes às universidades federais para se chegar a uma matrícula total de mais de 1 milhão de alunos neste setor. Além disso, através da criação de novos institutos técnicos, o governo espera aumentar as matrículas no ensino técnico por meio de um adicional de 600 mil estudantes – seria uma expansão dramática a partir de apenas 54 mil alunos em 2009.

E a qualidade?

Qual a qualidade das instituições existentes e o que se pode esperar das novas que estão sendo criadas? Em meados de 1990, o Brasil introduziu um sistema de avaliação para o ensino superior com base em testes administrados a alunos em diferentes disciplinas, no ano de sua formatura. A média dos resultados de cada curso foi usada como medida de sua qualidade. Ao mesmo tempo, o governo introduziu uma série de requisitos mínimos para instituições privadas de ensino superior que queiram obter autorização para operar e ter os seus títulos legalmente reconhecidos. Em 2004 estes procedimentos foram modificados e reunidos em um Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), supervisionado por um Conselho Nacional de Acreditação (CONAES) e implementado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), órgão do Ministério da Educação.

O último Censo da Educação Superior, de 2009, lista cerca de 63 mil cursos que têm de ser avaliados a cada três anos, de acordo com a legislação em vigor. A avaliação inclui visitas in loco por avaliadores externos, bem como os exames aplicados aos alunos. Todos os dados são combinados através de procedimentos estatísticos complexos levando a um ranking dos programas de curso em cinco categorias, e esses rankings, além da informação proveniente de avaliações da pós-graduação e pesquisa, realizadas separadamente, são combinados novamente para produzir um ranking de cinco pontos de cada instituição. Tais rankings são publicados em jornais e no site do Ministério da Educação, e, supostamente, cursos e instituições que estão no nível mais baixo ficam sujeitos a uma inspeção mais direta e, em casos extremos, devem ser fechados.

Este é um sistema gigantesco, muito caro e tem sido criticado por vários motivos. Os cursos e as instituições são classificados, mas não existem padrões mínimos, o que significa que é impossível interpretar o significado dos resultados. O setor privado reclama que eles perdem pontos e posicionam-se nos escalões mais baixos do que as instituições públicas, porque têm poucos professores em tempo integral e com titulações mais elevadas, uma vez que são apenas e principalmente instituições de ensino. Não existem dados sobre o emprego para os alunos após a graduação, para que possam determinar a qualidade dos programas de curso a partir da perspectiva do mercado de trabalho.

Finalmente, enquanto as instituições particulares podem perder alunos e, eventualmente, ser fechadas se se sairem mal nessas avaliações, as universidades públicas são autônomas e imunes a sanções do Ministério da Educação. As universidades estaduais de São Paulo – incluindo a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade de Campinas (UNICAMP) e da Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), entre as melhores universidades do país – se recusam há anos a participar do sistema nacional de avaliação.

Em princípio, as novas instituições e programas dos cursos têm que passar por um processo de autorização e credenciamento para funcionar, mas as instituições públicas criadas por lei não tem que seguir estes procedimentos. Reportagens recentes nos jornais sugerem que a maioria das universidades federais criadas nos últimos anos não dispõe de instalações adequadas e pessoal acadêmico e que os institutos técnicos federais criados recentemente, boa parte deles constituindo-se em  uma atualização de escolas de nível médio técnicos existentes, estão passando por uma greve prolongada, devido à falta de condições de trabalho adequadas.

O governo federal não disse como irá garantir que as novas instituições e campus vão atender a padrões adequados de qualidade e é duvidoso que o sistema de avaliação em curso seja capaz de garantí-los.

Avaliação do Ensino Superior: como avançar?

Seis anos depois de implantado por lei, substituindo o antigo “Provão”  e sistemas correlatos,  o Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (SINAES), administrado pelo INEP, enfrenta problemas sérios de excesso de burocracia e dúvidas quanto à confiabilidade e possivel tendenciosidade dos rankings dos cursos e instituições de ensino superior que produz. Este assunto foi discutido em uma mesa redonda na VI reunião anual da Associação Brasileira de Avaliação Educacional (ABAVE) realizada em Fortaleza nos primeiros dias de setembro de 2011.

Desde 1985, quando a Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior criada por inspiração de Tancredo Neves propôs a implantação de um sistema de avaliação para o país  até agora, muita coisa foi feita, e hoje ninguem mais discute que as avaliações vieram para ficar.  Mas elas estão cumprindo o que se espera delas?  Estão dando informações adequadas para a sociedade, o governo, os estudantes, o mercado de trabalho e as próprias instituições avaliadas?  São estas as questões que discuto em minha intervenção na mesa redonda, cujo texto está disponível aqui.

 

Forum de Educação da Globo News

 

Na próxima terça-feira (30), acontecerá a 7ª edição do Fórum Globo News, com tema sobre educação, políticas educativas e formação para as futuras gerações. A jornalista Monica Waldvogel será a mediadora do debate que terá a participação do economista e subsecretário da Secretaria de Assuntos Estratégicos da presidência da República, Ricardo Paes de Barros; do sociólogo e cientista político do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade do Rio de Janeiro, Simon Schwartzman; da pedagoga Paula Lozano; do professor Ivan José Nunes Francisco; do psicólogo e PhD em Educação e presidente do Instituto Alfa e Beto, João Batista Araújo e Oliveira; e do professor de Geografia da Escola Municipal Tasso da Silveira, de Realengo, no Rio, Luciano Pessanha, que vai falar da tragédia que aconteceu neste ano. O evento será em São Paulo no Hotel Hyatt, das 9h às 12h.

Os detalhes sobre o Forum estão disponíveis aqui.

 

Mesa Redonda na USP sobre a “Nova Agenda Social” – 17 de Agosto

Mesa-redonda discute nova agenda social para o Brasil

17 de agosto, 14:30

Instituto de Estudos Avançados,  Sala de Eventos do IEA, Rua Praça do Relógio, 109, Bloco K, 5º andar, Cidade Universitária, São Paulo

Ao longo de 2010, Edmar Bacha, diretor do Instituto de Estudos de Política Econômica – Casa das Garças (Iepe/CdG), e Simon Schwartzman, presidente do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedades (Iets), organizaram uma série de seminários sobre questões pendentes nas políticas publicas sociais no Brasil. Os dois e outros 16 pesquisadores discutiram políticas de saúde, previdência social e políticas de renda, políticas de educação e políticas de segurança pública. Os debates resultaram no livro “Brasil: A Nova Agenda Social”, organizado por Bacha e Schwartzman e lançado em junho.

A convite da direção do IEA, os dois organizadores e os pesquisadores André Portela de Souza (FGV-SP) e Leandro Piquet Carneiro (IRI-USP)participarão de mesa-redonda no IEA sobre os principais aspectos abordados no livro. O evento será no dia 17 de agosto, às 14h30. Bacha e Schwartzman explicarão as motivações que os levaram a promover o ciclo de seminários, Souza falará sobre a Previdência Social e as políticas de renda e Carneiro tratará das políticas de segurança pública.

No prefácio do livro, Bacha e Schwartzman destacam que há uma contradição entre a complexidade crescente das políticas públicas na área social e as simplificações que ocorrem sempre que esses temas sociais são debatidos: “No debate público, as discussões tendem para dicotomias simples, invariavelmente em termos da ‘generosidade’ do setor público em distribuir benefícios: mais escolas, mais universidades, mais bolsas, mais atendimento médico gratuito, melhores aposentadorias, mais casas populares etc. Além dos óbvios limites financeiros dessas políticas distributivas, estas simplificações impedem que o país desenvolva a inteligência e a competência necessárias para que elas sejam implementadas de forma efetiva”.

Nos seminários, cinco itens básicos nortearam as discussões das políticas públicas sociais: diagnóstico dos problemas principais de cada área, do ponto de vista da cobertura e da produtividade; que instituições e agências — públicas, privadas ou ONGs; federais, estaduais ou municipais — são responsáveis pelo provimento dos benefícios; em que medida a legislação permite ou dificulta a execução dessas políticas; custos e mecanismos de financiamento; e sugestões do ponto de vista institucional, gerencial, legal e financeiro para cada setor.

Local: Sala de Eventos do IEA, Rua Praça do Relógio, 109, Bloco K, 5º andar, Cidade Universitária, São Paulo
Transmissão: ao vivo pela internet em www.iea.usp.br/aovivo.
Informações: com Inês Iwashita (ineshita@usp.br), telefone (11) 3091-1685.


 

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