Acabou a brincadeira

O afastamento de Cunha pelo STF deve servir de advertência ao futuro presidente Temer e sua equipe de que a brincadeira de distribuir cargos no governo para atender a interesses particulares de políticos de ficha suja (ou mesmo de ficha limpa) está chegando ao fim. Existem sinais preocupantes que que esta mensagem não havia chegado – o médico indicado para o ministro da Saúde que é desconvidado porque pretendia escolher sua equipe, o bispo que seria indicado para o Ministério da Ciencia e Tecnologia, os ministérios inúteis que já não vão mais ser fechados, a manutenção do PR no Ministério dos Transportes, um político desconhecido para o Ministerio da Educação… Se ser realista na política é agir reconhecendo como as coisas são,e não como gostaríamos que fossem, para continuar a ser realista é necessário entender que as coisas já não são mais como antigamente.

Author: Simon Schwartzman

Simon Schwartzman é sociólogo, falso mineiro e brasileiro. Vive no Rio de Janeiro

3 thoughts on “Acabou a brincadeira”

  1. É, meu querido Simon,
    vendo daqui, de depois da primeira reunião de Temer e seus auxiliares, parece que a brincadeira não acabou. Ninguém está batendo panelas ou emitindo pareceres e liminares impedindo a posse de investigados e assemelhados.

    Triste verifico que não há qualquer possibilidade de ver na mudança de rumo uma perspectiva consistente de enfrentamento da corrupção ou de projeto político que vise a nação antes de interesses de grupos.

    Nem posso dizer “quem pariu Mateus que o embale” porque estamos todos e muitos no mesmo berço.

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