Ronald Levinsohn: o melhor emprego do mundo

Creio que os leitores de seu blog gostarão de conhecer as vantagens do
melhor emprego do mundo: Procurador da República:

1- 12.000 dólares de salário afora as vantagens;
2- Não tem despesa de escritório e se forem para Brasília a casa é de
graça;
3- Não têm chefe, nem subordinados;
4- Não são empregadores, portanto não sabem o que é pagar encargo social;
5- são inamovíveis e vitalícios;
6- Não ganham por produtividade e trabalhando ou não o salário é o mesmo,
sendo irredutível;
7- Não tem legitimação popular, mas dizem agir em nome do povo e sociedade;
8- Não têm horário, nem cartão de ponto;
9- Vivem viajando de graça, somente de avião, quase sempre 1a. classe;
10- Não pegam fila em aeroporto;
11- Mandam na Polícia Federal;
12- Não têm mandato;
13- Somente eles podem acionar juízes;
14- Nada pagam em congressos, seminários, cursos e etc;
15- Andam de carro oficial;
16- Para demiti-los o processo é mais difícil do que eleição de papa;
17- Não respondem por seus atos que causem danos a terceiros.
18- Podem usar seus cargos em proveito de suas ideologias perseguindo e
difamando os adversários.
19- Todo o mundo têm medo deles, juizes, jornalistas, políticos, advogados
e empresários…

Author: Simon Schwartzman

Simon Schwartzman é sociólogo, falso mineiro e brasileiro. Vive no Rio de Janeiro

3 thoughts on “Ronald Levinsohn: o melhor emprego do mundo”

  1. E eu sempre quis saber o porquê de as carreiras jurídicas serem tão prestigiadas. Reconheço o valor do trabalho de um juiz, um promotor, um procurador ou o de um defensor público, mas não vejo muita diferença com relação ao trabalho de um professor, que está formando pessoas e lidando em sala de aula com valores, convicções, crenças, idéias, enfim, está apresentando o mundo a crianças e adolescentes, está ensinando, entre outras coisas, as regras do convívio em sociedade. Será que o bacharelismo do século XIX ainda empregna nossas mentes?

  2. Acrescento ao comentário do Alexandre o seguinte: a dita “punição” que será imposta ao referido procurador, pelo que li, será uma suspensão das atividades sem perda de salário – ou seja: FÉRIAS REMUNERDAS.

    “Os advogados tomaram de assalto o Estado brasileiro e têm a chave do cofre”

    O Brasil, ao estruturar as carreiras jurídicas, após a CF88, criou aberrações como essa citada no post, que se assemelham a de outras carreiras, como juízes, procuradores de outros entes federados e de agências reguladoras, etc.

    O salário de juiz ou procurador em início de carreira (garotos de 28~29 anos) é o MAIS ALTO DO MUNDO (em torno de R$20.000). E a contrapartida, como esmiuçado pelo post do Simon, é bastante desproporcional (contam com 2 meses de férias + 1 mês de recesso; horário de trabalho “flexível” – uma desculpa para não trabalhar; licença maternidade de 9 meses; etc.).

    Criou-se no Brasil uma nova aristocracia – inamovível, vitalícia, (virtualmente) inimputável e ganhando salários maiores do que os pagos pelos países ricos: as chamadas CARREIRAS JURÍDICAS.

    O desafio para os próximos governantes (já que Lula preferiu não enfrentar o monstrengo) será conciliar os gastos governamentais com a volúpia irrefreável por mais $$ dessas ditas “CARREIRAS JURÍDICAS”.

  3. Quem pune os Procuradores do MPF é a Corregedoria interna. Sabem quantos já foram punidos por aquele órgão? Pois é, acertou quem disse nenhum. Só agora, no dia 21 de maio, o Conselho Nacional do MP, em processo movido pelo ex-Secretario da Presidência Eduardo Jorge, determinou a suspensão do Procurador Luiz Francisco por tê-lo ter cometido diversos crimes ao persegui-lo. Pela primeira vez na história da República um procurador foi punido pelos crimes que cometeu ao abusar de suas funções. Espero que não tenha sido a última.

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