Marcelo Neri: Seminário sobre Metas de Educação

O Centro de Políticas Sociais e a Rede de Estudos e Desenvolvimento Educacional, ambos da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro, realizam hoje, 27 de abril, organizado por Marcelo Neri, um seminário sobre Metas de Educação, que também será transmitido ao vivo. Segundo o folheto explicativo, “a proposição de metas de educação talvez seja a idéia de política social mais inovadora dos últimos anos”, ao estabelecer com clareza os objetivos a serem alcançados, e definir os indicadores para seu acompanhamento.

Maria Helena Guimarães: a cultura da avaliação|Maria Helena Guimarães: the culture of evaluation

Saindo da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, Maria Helena Guimarães Castro fez um balanço de sua atuação, cuja íntegra está disponível aqui. Segundo ela, nestes 20 meses de trabalho,

" Implantamos a cultura da avaliação, a política de incentivos e de reconhecimento do mérito. Os números estão aí. Sempre foram divulgados com total transparência, pois é apenas com o envolvimento de toda a sociedade que a educação pode melhorar. São Paulo avançou nestes vinte meses. As cinco mil e trezentas escolas estaduais têm metas a serem alcançadas a cada ano. E, chegando a estas metas, toda equipe da escola é recompensada. É uma política de justiça, de recompensar os mais esforçados, os que mais se dedicaram ao longo do ano. É também uma política de promoção da equidade, ao garantir apoio especial, pedagógico e administrativo, às escolas mais vulneráveis, que já começam a melhorar como demonstram os resultados do IDESP.  São Paulo pagou R$ 600 milhões de reais em bônus aos professores e profissionais da educação que fizeram nossos alunos aprender mais. O conjunto dos profissionais da educação entendeu a nova regra, o direito de todo aluno aprender, e estou certa de que teremos grandes avanços pela frente."

Novos desafios para a democracia e o desenvolvimento da América Latina|The new challenges for Democracy and Development in Latin America

Acaba de sair, publicado inicialmente em espanhol pela Corporación de Estudios para Latinoamérica, CIEPLAN, o livro editado por Fernando Henrique Cardoso e Alejandro Foxley que resultou de um projeto realizado em cooperação entre CIEPLAN e o Instituto Fernando Henrique Cardoso. A edição brasileira está também prevista para o próximo mês de junho.  Além de contribuir com algumas partes, também participei, com Patrício Meller, da coordenação geral do projeto.

O índice do livro é o seguinte:

A medio camino: nuevos desafios de la democracia y del desarrollo en América Latina

Introducción

Nuevos desafíos de la democracia y del desarrollo en América Latina. Fernando H. Cardoso y Alejandro Foxley

Democracia y gobernabilidad

Democracia de instituciones. Ignacio Walker

Democracia y gobernabilidad. Simon Schwartzman

Globalización

América Latina frente a los desafíos de la globalización: ¿todavía hay lugar para la integración regional? Pedro da Motta Veiga y Sandra Polonia Ríos

Cambio climático.  Sérgio Abranches y Eduardo Viola

Políticas y problemas económicos

Crecimiento económico en América Latina. Patricio Meller y Gonzalo Valdés

Gobernabilidad macroeconómica y desarrollo institucional. Óscar Landerretche Moreno

Economía política de las finanzas públicas y políticas sociales en América Latina. Mario Marcel y Elizabeth Rivera

El desafío de la innovación para la América Latina de hoy. José Miguel Benavente H

Problemas y dilemas de los mercados laborales latinoamericanos. Patricio Meller

Políticas y problemas sociales

Gasto social en América Latina: nivel, progresividad y componentes. Patricio Meller y Bernardo Lara

Instrumentos alternativos para la protección social. Eduardo Fajnzylber y Andrea Repetto

Programas de transferencias condicionadas. Sonia Draibe

Salud: de pacientes a ciudadanos. André Medici

Educación y recursos humanos. Simon Schwartzman

Violencia urbana, seguridad personal y criminalidad. Leandro Piquet Carneiro

Las regiones metropolitanas en América Latina: potencialidades, problemas y gobernabilidad. Simon Schwartzman

Miriam Leitão: No Tunel do Tempo

Reproduzo aqui o artigo de Miriam Leitão disponível do site de O Globo, em que compara o novo “desenvolvimentismo”  estatal de agora com o dos tempos do governo militar. Deu certo antes?  Vai dar certo agora?  A resposta, nos dois casos, é a mesma: não vai.

No Tunel do Tempo

Na crise, está crescendo um dos males econômicos do qual tentamos nos livrar: a transferência de renda para cima. Como na ditadura, o caminho é o mesmo: uso dos bancos estatais, dos subsídios, dos incentivos fiscais, da rolagem de dívidas, dos fundos de poupança pública. A conversa é a mesma: fortalecer as empresas nacionais. A leitura local da crise, de suas causas e remédios, reabilitará velhos hábitos.

O governo atual sempre acreditou na ideologia econômica do governo militar. A idéia do crescimento liderado, dirigido, financiado e subsidiado pelo Estado sempre fez sentido para muitos deles. Como se o dinheiro público gasto sem controle não prenunciasse mais extorsão da sociedade, através de uma carga tributária alta. Eles se definem com o simpático nome de “desenvolvimentistas”, como se houvesse quem fosse contra o progresso. A questão sempre foi sobre a qualidade das escolhas para se chegar ao desenvolvimento.

Rondam, de novo, a economia brasileira as famigeradas operações-hospital do BNDES. O banco tem entrado de sócio e dado dinheiro para empresas com conhecidas dificuldades. Um dos possíveis candidatos ao dinheiro do banco é o Frigorífico Independência, que está em recuperação judicial e tem abatedouros em áreas de desmatamento. Os fundos públicos têm sido usados para rolar as dívidas de setores que têm dívidas com a sociedade. Alguns setores escolhidos estão tendo alívios fiscais que outros não têm.

Tudo lembra o caminho feito na época do governo militar. No primeiro ano do regime, quando anunciaram o PAEG, o Plano de Ação Econômica do Governo, os militares falaram em austeridade e cortaram gastos, mas deram aumentos salariais de 100% para os funcionários públicos e de 120% para os próprios militares. A tese de, na escassez, primeiro os nossos gastos, data daquela época.

O crescimento que aconteceu depois dos primeiros anos de tentativa de equilíbrio foi inflacionista e baseado em farta distribuição de recursos públicos para cima, sem controle e sem contrapartida. “O governo não hesitou em lançar mão de um amplo esquema de subsídios e incentivos fiscais para promover setores e regiões específicas, que passaram a fazer parte da política industrial do governo”, ensina Luiz Aranha Corrêa do Lago, no capítulo que escreveu para o livro “A Ordem do Progresso”, organizado por Marcelo Paiva Abreu, da PUC do Rio de Janeiro. “Todas as declarações em favor do desenvolvimento do setor privado e da livre operação do mercado contrastavam com a proliferação de incentivos, novos subsídios, isenções específicas” diz o texto.

Tudo era feito para criar empresas fortes e forjar o Brasil grande, mas acabou criando apenas empresas dependentes do Estado. O governo se agigantou. O brasilianista Tom Trebat, da Universidade de Columbia, registrou em seus estudos que de 1968 a 1974 foram criadas 231 empresas estatais.

Reli, durante a semana, textos sobre a história da política econômica dos anos do regime militar para um evento pedido pela CBN. Eu teria que responder — num programa gravado e com público, na Livraria da Travessa —, se os militares tinham acertado na economia. Apesar dos avanços, como a criação do Banco Central e investimentos em infraestrutura, minha convicção é que o saldo daquele período é negativo também na economia.

A democracia herdou a armadilha inflacionária, a divida externa, o Estado agigantado, uma estrutura fiscal tosca, um país fechado, uma indústria formada por monopólios e cartéis e empresários viciados em estado. Anos foram gastos para desarmar alguns desses defeitos da economia. Outros ainda estão entre nós e crescem à sombra, e com o pretexto, da crise atual. Depois da palestra, uma amiga me falou que, quando ouviu a descrição do gigantismo do Estado e da distribuição de favores a empresas, pensou: “não mudou muito não”.

Houve uma lenta construção de alguns princípios e instituições que deram um pouco mais de transparência ao gasto do dinheiro público. O Banco Central deixou de ser banco de fomento para ser apenas autoridade monetária. A sangria de dinheiro público pelos bancos estaduais foi estancada. As siderúrgicas deixaram de ser estatais e, portanto, pararam de subsidiar com matéria prima barata grandes empresas e multinacionais. Foram fechados alguns monstros engolidores de dinheiro do contribuinte, tipo a Siderbrás. Acabaram monopólios, como o das telecomunicações. O país foi, aos poucos, entrando numa nova lógica.

Muito entulho do estatismo ficou. Muita gente no governo, com poder de decisão, acredita neste ideário de fortalecer a “burguesia nacional”, fazer um Brasil grande pela mão forte do Estado, criar estatais ou rever privatizações, salvar empresas mesmo que tenham quebrado por má gestão. Agora, eles ouvem do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, que inflação não é mais problema, que agora é a era do expansionismo fiscal e monetário, que os governos devem fazer tudo o que for possível contra crise. Entendem isso como um sinal de que o mundo se curva, afinal, a eles. Que agora há uma licença global para gastar, que a ideia estatista sempre esteve certa. Esse é o risco do momento. O governo não está entendendo nossas limitações e pode aplicar, literalmente, um receituário que vai nos levar ao regresso institucional e gerar a crise fiscal futura.

Avaliação da OECD da Educação Superior no Chile|The OECD review of tertiary education in Chile

No período Pinochet, inspirado pelos “Chicago Boys”, o sistema de educação superior chileno foi profundamente modificado, fazendo as universidades tradicionais competir por recursos públicos e privados, e abrindo espaço para um amplo mercado privado de cursos técnicos, profissionais e universitários. Em 1990, o governo da “Concertación”  socialista e democrata cristã decidiu manter as linhas gerais do sistema, mas adotar novas políticas de apoio aos estudantes, crédito educativo, autonomia universitária, avaliação de qualidade e financiamento da pesquisa e da pós-graduação. Ao combinar fortes componentes de um mercado competitivo público e privado, investimentos públicos crescentes e autonomia acadêmica, o sistema chileno é hoje um dos mais dinâmicos da região, em processo constante de aperfeiçoamento.

Em 2008, o governo chileno solicitou à OECD uma avaliação externa de seu sistema de ensino de terceiro grau que acaba de ser publicado, e está disponivel aqui. A expectativa é que esta visão externa contribua para este dinamismo.

Geraldo Martins: As causas da desigualdade na educação universitária

Escreve Geraldo Martins, a propósito da apresesentação feita à Comissão de Constituição e Justiça do Senado sobre o projeto de lei de cotas:

O que produz e perpetua a desigualdade de renda e de cor no acesso à educação universitária? A exposição de Simon mostra cristalinamente que tal desigualdade não decorre propriamente dos mecanismos e dos processos seletivos para o acesso. Esses podem ter as suas falhas e as suas distorções, mas a desigualdade advém de condições prévias, desde o background familiar, passando pela qualidade dos níveis anteriores de educação, a pré‐escolar, a básica e a média. Se não existir igualdade de oportunidades educacionais para todos brasileiros – independentemente de renda, sexo e cor – não vai ser, obviamente, um sistema de cotas que vai corrigir e garantir a igualdade de acesso à universidade. Trata-se apenas um artifício, uma farsa ou um autoengano. Na verdade, uma demagogia para ser mais contundente, pois os seus resultados não mudarão a realidade ou eliminarão o mal pela raiz.

Ao demonstrar com dados que a desigualdade de cor (no acesso) diminui quando a oferta de educação é ampliada e acessível a todos, Simon evidencia que a política mais correta e eficaz não está na criação de cotas, mas na ampliação da oferta e das possibilidade de acesso. Sem descuidar da qualidade, evidentemente.

Na verdade, não deixa ser um tanto vergonhoso discutir a questão das cotas. Exagerando um pouco, seria o mesmo que estabelecer reservas de leitos nos hospitais para os não-brancos, como se o direito à vida não devesse ser igual para todos.

Congratulo-me com a exposição de Simon por sua precisão e também porque constato uma forte sintonia das proposições com as reflexões que faço no livro “Universidade Federativa”. Para um País que tem uma das mais baixas taxas de escolarização superior no mundo, fica um tanto mesquinho tratar de medidas isoladas, pontuais e processuais. Há milhões de jovens que sonham com o acesso à universidade. Discutir cotas, vestibular unificado, bolsas, credenciamentos, autorizações, tudo isso pode ser importante, mas apenas nos amplia a percepção do malogro do nosso sistema de educação universitária. Impõe-se a criação de novas alternativas de acesso à educação, ao trabalho, à renda e aos padrões de uma vida saudável. Daí, a pertinência de uma universidade federativa e comunitária. Por sua autonomia e vinculação próxima com a comunidade local ela poderia proporcionar essa diferenciação com o desenvolvimento de múltiplos programas de ensino, sejam tecnológicos, de formação geral e de curta duração.

A discussão do tema, portanto, não pode ignorar que a crise do sistema universitário é estrutural e sistêmica. Estrutural, porque atinge o núcleo central do modo de prover essa educação – hoje aprisionado pelas malhas do credencialismo e do corporativismo. Sistêmica, porque afeta todos os demais níveis educacionais, bem as dimensões pedagógicas, políticas, sociais e econômicas da educação universitária. Basta mencionar a questão do desemprego.

Talvez se possa percebê-la também como expressão da falência de nosso modelo civilizatório que além da exclusão social das “maiorias” (apenas 6% da população tem escolarização superior), está também associada à completa falta de sustentabilidade ambiental desse modelo. A visão que predomina confunde desenvolvimento com crescimento econômico e progresso material supostamente ilimitado. Por isso, é que seria importante que a universidade trabalhasse o sentido do desenvolvimento local e solidário.

A questão das cotas é um item menor, quase desnecessário, na discussão de políticas públicas para a universidade. Onde está mesmo o projeto de reforma universitária? Ele consumiu anos de discussão pela sociedade. Porque não levar uma questão mais primordial aos nossos ilustres e conceituados Senadores?

Enfim, democratizar a educação universitária é ampliar a igualdade de oportunidades, enfatiza Simon. É um mito pensar que as cotas irão liquidar as desigualdades. O acesso às boas escolas será tão mais competitivo, quanto maior a escassez dessas boas escolas. Ou essa competição é devida à gratuidade? Isso ocorre em todo mundo, desde a passagem do básico para o médio. “Onde há mais candidatos do que vagas, como decidir? duelos ou sorteios?”, provoca Moura Castro que conclui: “é melhor escolher os alunos mais bem preparados. Portanto, não há como evitar algum critério meritocrático”.

Diante desse universo, a questão das cotas adquire conotação de irrelevância. Um detalhe mecânico de uma engrenagem muito maior que merece e reclama políticas mais audaciosas. Enquanto isso, a grande maioria dos estudantes (mais de 75%) permanece duplamente discriminada: não tem acesso à gratuidade e carrega o ônus da própria educação. E por incrível que pareça, são justamente os estudantes trabalhadores e mais pobres. E a UNE que já defendeu ardorosamente a bandeira da democratização, perdeu a sua voz?

Maria Helena Guimarães Castro deixa a Secretaria de Educação de São Paulo

A demissão inesperada da Secretária de Educação de São Paulo, aparentemente por “razões pessoais”, deixou triste todos os que vinham acompanhando seu trabalho intenso e difícil por melhorar a qualidade e corrigir as deformações da maior rede de educação pública do país. Recebi a respeito a mensagem abaixo, que subscrevo e comparto  com os que acompanham este site.

Em nome da equipe docente e dos estudantes de Pedagogia do Instituto Singularidades venho expressar nossa solidariedade,  orgulho e respeito pelas ações desenvolvidas por Maria Helena Guimarães à frente da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo, nos últimos 2 anos.

Apesar das gritas e resistências na rede, como parceiros em vários programas da Secretaria, pudemos acompanhar algumas conquistas relativas às aprendizagens dos alunos e às reflexões que foram lançadas para a sociedade civil sobre a qualificação docente, a partir dos resultados da prova de ingresso dos professores temporários.

Sabemos e compartilhamos das dificuldades e do tempo necessário para que os impactos significativos possam contemplar a maioria dos estudantes e suas famílias, assim como para uma tranformação radical das posturas didáticas e profissionais – e porque não dizer, corporativas – de nossos docentes.

Ainda assim, as ações de Maria Helena revelam uma possibilidade de esperança no sucesso de nossa escola! Vários de nossos alunos e ex-alunos têm ingressado na rede e podido desenvolver práticas didáticas condizentes com as novas orientações curriculares, apresentando resultados ótimos – merecedores dos bônus já conquistados.

Acreditamos que  Paulo Renato, cuja competência conhecemos publicamente e como partícipes de sua equipe no Ministério da Educação, poderá dar continuidade à política pública já iniciada, incluindo novos desafios para a educação paulista.

Gisela Wajskop, Diretora-Presidente

Instituto Superior de Educação de Paulo – Singularidades

O projeto de cotas para as universidades federais|The higher education quotas bill

Vou participar, no dia 1 de abril, de audiência pública da Comissão de Constituição, Justiça e Cidanania do Senado sobre o projeto de lei de cotas para as universidades federais. Os pontos principais da apresentação que pretendo fazer são os seguintes:

  • A legislação proposta só beneficia um número pequeno de pessoas, prejudicando outras, e não altera o quadro de desigualdade social no ensino superior.
  • Na medida em que o ensino superior se amplia, a inclusão por renda, cor e escola de origem vem crescendo, sem precisar de políticas de cotas para isto.
  • Para haver uma política de inclusão efetiva, ela deveria se basear em critério de renda, que é socialmente o mais justo, e não de raça ou de escola do ensino médio, que discriminam contra brancos pobres e famílias pobres que investiram na educação média particular.
  • Forçar a inclusão, sem saber se o estudante vai concluir o curso, é uma política populista e demagógica. Uma política adequada de inclusão deveria garantir que os estudantes terminem seus cursos, e dar recursos de manutenção a quem necessite.
  • Ao forçar a inclusão de estudantes sem qualificação prévia, a lei pode criar grandes problemas para os cursos superiores públicos de melhor qualidade.
  • Comparado com o projeto de cotas, o PROUNI é um sistema muito mais adequado e efetivo de inclusão, por incluir critérios de renda, desempenho, qualidade das instituições e não discriminar por raça, e por ser muito mais barato
  • O foco quase exclusivo da atenção sobre política de cotas desvia a atenção sobre os problemas reais da educação brasileira.

Um powerpoint com os principais dados e estimativas que devo apresentar está disponível aqui.

A propósito do tema, recebi um comentário da estudante Joyce Cristina de Morais que antecipa vários destes pontos, e que também estou incluindo abaixo como comentário.

Nacionalismo e internacionalismo acadêmico|Academic Nationalism and Internationalism

Termina hoje, 4 de março, o Seminário Internacional “Fuga de cérebros, movilidad académica y redes científicas”, organizado no México pelo Departamento de Investigaciones Educativas del CINVESTAV e pelo  Institut de Recherhe pour le Dévelopment da França.  O trabalho que apresentei está disponível abaixo, e inclui alguns gráficos mostrando a forte tendência da CAPES e do CNPq de reduzir o apoio a estudos de brasileiros no exterior, e também de substituir as bolsas de doutorado por bolsas “sandwitch”  de curta duração. Acho que estas políticas merecem uma discussão mais aprofundada.

A conclusão do artigo é que “es posible resumir esta discusión, remitiéndola a los riesgos y oportunidades que existen en la cooperación internacional. No se trata de optar por dos extremos, el de la internacionalización absoluta, que de hecho jamás va a existir, y el del nacionalismo cultural, científico y tecnológico, que tiene también obvios limites. Una política adecuada debería tomar en cuenta los beneficios del diálogo, oportunidades de aprendizaje y cooperación que existen cuando los caminos del intercambio y del flujo de personas e ideas están abiertos; asimismo, debería considerar los posibles límites de políticas educativas y de desarrollo científico y tecnológico que no invierten en la creación de instituciones de calidad en sus propios países, para que sea posible combinar de forma efectiva la investigación científica de calidad y actividades educativas, tecnológicas e científicas de interés y relevancia para sus propias sociedades. Esta no es, creo, una cuestión de recursos, sino que, principalmente, de orientación y actitud.

Nacionalismo vs. Internacionalismo en las políticas de formación de recursos humanos de alto nivel. Texto preparado para el Seminário Internacional “Fuga de cérebros, movilidad académica y redescientíficas”, Departamento de Investigaciones Educativas del CINVESTAV e Institut de Recherhe pour le Dévelopment, Mexico, 2-4 marzo.

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